Lançamento do livro "Philip" resgata a versão escritora da publicitária Yara Grottera

Publicação, homenagem da Associação Viva e Deixe Viver, desperta atenção de adultos e crianças para liberdade de expressão do corpo e da alma contra preconceitos.


A publicitária e artista plástica Yara Grottera apresenta sua versão escritora, adormecida por anos, enquanto ela circulava inquieta e criativa por grandes empresas de comunicação. O livro "Philip", escrito em 1982, se mostra mais atual do que nunca, despertando atenção de crianças e adultos por retratar a busca do homem pela felicidade e a liberdade de expressão do corpo e da alma contra qualquer tipo de preconceito. O lançamento acontece dia 14 de dezembro, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, entre 15h e 18h.

O resgate do texto original, e a edição do livro, é responsabilidade da Associação Viva e Deixe Viver (Viva), organização não-governamental que congrega 1.282 voluntários responsáveis por contar histórias em 91 hospitais do País. Valdir Cimino, presidente da ONG, foi um dos primeiros a ler o texto recém-datilografado, encadernado com uma capa azul e espiral preta na década de 1980. Também oriundo do mercado publicitário, ele se surpreendeu com o conteúdo. "Aquele texto me fez refletir e gerou algumas conversas sobre diversidade, bullying, acolhimento, humanização do ser, sobre as ideias voluntárias e que com constância e perseverança teremos momentos felizes nesta vida", lembra.

Apesar da boa aceitação, o texto foi para a gaveta e a vida de ambos seguiu outros rumos. Cimino, anos depois, criou a Associação Viva e Deixe Viver e Yara Grottera assumiu novos projetos de comunicação e se dedicou às artes plásticas. A amizade entre eles atravessou o tempo e Yara colaborou muito nos primeiros passos da Associação, criando o posicionamento de ação dos voluntários contadores de histórias: "Levar o sorriso de hoje por mais hojes que pudermos".

"Ela sempre compactuou com a importância da educação para entender o valor da promoção de nossa cultura. Educação não acontece somente na escola, mas em qualquer âmbito, os efeitos são milagrosos. Yara foi uma das primeiras a ajudar na criação da missão, visão e valores da Associação Viva e Deixe Viver. Nessa época, éramos 36 voluntários. Em um de nossos encontros de trabalho, alertou: no exercício de cidadania em hospitais, onde a leitura e o brincar se misturam com dor, sofrimento e alegria, há de se manter a criatividade e a imaginação de uma criança de 5 anos. É na primeira infância que devemos depositar nossas esperanças", destaca Cimino.


O resgate de Philip - Em recuperação de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), Yara deixou há algum tempo suas atividades profissionais e artísticas para se dedicar ao tratamento médico. No entanto, provocada por Cimino, retirou de uma caixa no armário o livro que escreveu há quase 40 anos.

Com ilustrações do artista Paulo Zilberman, "Philip" desperta no leitor a reflexão sobre temas importantes, como vida e morte, sofrimento, liberdade e amor. "As obras do Paulo Zilberman são incrivelmente belas e é impressionante como ele transportou para as imagens o que a Yara transmite no texto", continua Cimino.

"Philip" é um lançamento do Viva Eduque (http://www.vivaedeixeviver.org.br/vivaeduque), espaço criado pela entidade para a difusão cultural, educacional e gestão do bem-estar para toda a sociedade, com o apoio da Referência Gráfica.


Matéria: LF Comunicação

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