Estelionatários voltam a atormentar clientes do Banco Inter
Tentativas de contato ocorrem por meio telefônico. Golpistas usam o número (31) 3003 4070, quase idêntico ao do banco.
Passados mais de um ano da descoberta de possível vazamento de dados de correntistas do Banco Inter, correntistas do banco ainda recebem ligações de estelionatários e golpistas em busca de acesso a conta para que cometam os roubos.
O golpe está mais sofisticado
Há cerca de um ano que um grupo de estelionatários utiliza do telefone (31) 3003 4070, um número homônimo ao do SAC do Banco Inter, que é o número de discagem nacional local 3003 4070. Munidos de informações precisas, como nome completo, CPF, RG, nome dos pais, endereço e número da conta dos clientes (possivelmente obtidos através do vazamento de dados ou de funcionários do banco), os mesmos simulam se tratar de uma ligação da Central de Segurança do Banco, e "notificam" o cliente sobre uma suposta tentativa de invasão da conta. Pela forma como os estelionatários se portam ao telefone, tudo leva a crer que se tratam de pessoas com pleno conhecimento do treinamento dado pelo banco, especialmente pelo uso de fraseologia comum ao serviço de atendimento da instituição.
Após longa conversa, onde um dos supostos atendentes (que normalmente se apresentam como Felipe ou Rodrigo), lhe informa todos os seus dados sensíveis, como número de documentos, filiação e etc, sem a menor cerimônia, começam a surgirem perguntas incomuns como: "o senhor possui investimentos no banco?", "Podes confirmar seu último saldo em conta ou valor aproximado?", "O senhor faz uso do Interpag?". Existem relatos em que eles informam o número do cartão, mas pedem para confirmar os dígitos de segurança, dentre outras artimanhas. Ao final desta suposta checagem de informações, informam que irão realizar o bloqueio da conta e simulam estar realizando o procedimento. Aí começa o próximo passo.
A engenharia do golpe
Se o perfil financeiro do selecionado for interessante para o bando, eles prosseguem na ligação, e finalizam o golpe, informando que o banco irá enviar um SMS com um código para o seu celular, para bloquear a conta, todavia, na realidade esse código é para se obter acesso a sua conta e transferir a titularidade do i-safe para o aparelho dos estelionatários. Ao receberem o código, o golpe é consumado, o titular perde o acesso a conta, acreditando que é devido ao bloqueio, enquanto os estelionatários retiram os fundos.
A forma de atuar dos estelionatários tem sido tão concisa que, mesmo os mais experientes em segurança bancária chegam a acreditar nas informações. Tudo que eles precisam são desses seus preciosos minutos para aplicarem a engenharia social.
Banco Inter manifestou posicionamento quanto a esses golpes ao longo de 2019
O Banco Inter, assim como os clientes, torna-se vítima desses criminosos, uma vez que é também responsável pelo fato dos dados de seus clientes terem vazado, dada a então deficiência de segurança bancária da instituição, e devido a isto tem tido que arcar com os custos desses atos criminosos.
Devido a esses fatos, o Banco Inter tem promovido campanhas de segurança digital, e tem informado seus clientes que não faz ligações através do número de sua central ou homônimos, bem como que todo e qualquer bloqueio de segurança é realizado por meio formal, com envio de correspondências (digital e física ao cliente), bem como não informa dados sensíveis de seus clientes via telefone, bem como sequer pede dados como token, código via SMS, senhas, números e etc.
O banco também orienta que os clientes não atendam essas ligações provenientes do número (31) 30034070 ou de quaisquer outros que se passem pelo banco, e que caso as atendam, que entrem em contato com a instituição pelos meios diretos e formais, como a ligação para o 30034070 (sem DDD), ou chat no próprio aplicativo, informando tal fato, para que, preventivamente a conta e linhas de crédito sejam bloqueadas, e a troca dos dados de acesso sejam feitas.
Matéria: Dimithri Vargas
Imagem: Febraban
Passados mais de um ano da descoberta de possível vazamento de dados de correntistas do Banco Inter, correntistas do banco ainda recebem ligações de estelionatários e golpistas em busca de acesso a conta para que cometam os roubos.
O golpe está mais sofisticado
Há cerca de um ano que um grupo de estelionatários utiliza do telefone (31) 3003 4070, um número homônimo ao do SAC do Banco Inter, que é o número de discagem nacional local 3003 4070. Munidos de informações precisas, como nome completo, CPF, RG, nome dos pais, endereço e número da conta dos clientes (possivelmente obtidos através do vazamento de dados ou de funcionários do banco), os mesmos simulam se tratar de uma ligação da Central de Segurança do Banco, e "notificam" o cliente sobre uma suposta tentativa de invasão da conta. Pela forma como os estelionatários se portam ao telefone, tudo leva a crer que se tratam de pessoas com pleno conhecimento do treinamento dado pelo banco, especialmente pelo uso de fraseologia comum ao serviço de atendimento da instituição.
Observe a similaridade entre os números telefônicos. Nesta tentativa de golpe, o Banco Inter foi notificado imediatamente, conseguindo evitar o assalto. |
Após longa conversa, onde um dos supostos atendentes (que normalmente se apresentam como Felipe ou Rodrigo), lhe informa todos os seus dados sensíveis, como número de documentos, filiação e etc, sem a menor cerimônia, começam a surgirem perguntas incomuns como: "o senhor possui investimentos no banco?", "Podes confirmar seu último saldo em conta ou valor aproximado?", "O senhor faz uso do Interpag?". Existem relatos em que eles informam o número do cartão, mas pedem para confirmar os dígitos de segurança, dentre outras artimanhas. Ao final desta suposta checagem de informações, informam que irão realizar o bloqueio da conta e simulam estar realizando o procedimento. Aí começa o próximo passo.
Relatos como este aparecem em diversos sites, como o Tel Guarder. |
A engenharia do golpe
Se o perfil financeiro do selecionado for interessante para o bando, eles prosseguem na ligação, e finalizam o golpe, informando que o banco irá enviar um SMS com um código para o seu celular, para bloquear a conta, todavia, na realidade esse código é para se obter acesso a sua conta e transferir a titularidade do i-safe para o aparelho dos estelionatários. Ao receberem o código, o golpe é consumado, o titular perde o acesso a conta, acreditando que é devido ao bloqueio, enquanto os estelionatários retiram os fundos.
A forma de atuar dos estelionatários tem sido tão concisa que, mesmo os mais experientes em segurança bancária chegam a acreditar nas informações. Tudo que eles precisam são desses seus preciosos minutos para aplicarem a engenharia social.
Houve aumento das notificações em sites do tipo "Quem liga". Esses relatos estão aqui. |
Banco Inter manifestou posicionamento quanto a esses golpes ao longo de 2019
O Banco Inter, assim como os clientes, torna-se vítima desses criminosos, uma vez que é também responsável pelo fato dos dados de seus clientes terem vazado, dada a então deficiência de segurança bancária da instituição, e devido a isto tem tido que arcar com os custos desses atos criminosos.
Devido a esses fatos, o Banco Inter tem promovido campanhas de segurança digital, e tem informado seus clientes que não faz ligações através do número de sua central ou homônimos, bem como que todo e qualquer bloqueio de segurança é realizado por meio formal, com envio de correspondências (digital e física ao cliente), bem como não informa dados sensíveis de seus clientes via telefone, bem como sequer pede dados como token, código via SMS, senhas, números e etc.
O banco também orienta que os clientes não atendam essas ligações provenientes do número (31) 30034070 ou de quaisquer outros que se passem pelo banco, e que caso as atendam, que entrem em contato com a instituição pelos meios diretos e formais, como a ligação para o 30034070 (sem DDD), ou chat no próprio aplicativo, informando tal fato, para que, preventivamente a conta e linhas de crédito sejam bloqueadas, e a troca dos dados de acesso sejam feitas.
Matéria: Dimithri Vargas
Imagem: Febraban