Após interferência estatal, agropecuaristas da Argentina paralisam produção de carnes
Governo Socialista de Alberto Fernández interrompe exportações de carne por trinta dias, gerando protestos na cadeia produtiva local.
Numa medida desesperada, visando interromper a escalada da inflação na Argentina, o Presidente Peronista Alberto Fernández decidiu suspender a exportação de carnes por trinta dias em seu país, promovendo revolta e protestos dos agropecuaristas, dado ao fato de existir forte retração do consumo interno, devido ao fechamento do comércio durante a pandemia, que culminou no aumento no número de desempregados, assim como elevação da taxa de pobreza no país, gerando aumento da necessidade das exportações para a manutenção da viabilidade financeira de seus negócios.
Pecuarias afirmam que tal medida inoportuna do Governo Argentino levará a novos prejuízos em toda cadeia produtiva argentina, com consequente desinvestimento, levando a perda de postos de trabalho. Devido a esta situação, decidiram paralisar suas atividades por nove dias, como forma de protesto contra as medidas mal fadadas adotadas pelo Governo da Argentina.
Com a notícia de paralisação da produção, houve imediata reação do mercado local argentino, com registro de aumento nos preços de proteína animal nas principais cidades da Argentina.
Brasil deve sair beneficiado, afirma especialista
Na visão de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, os frigoríficos brasileiros deverão ser beneficiados pela medida populista adotada pelo Governo Argentino, uma vez que a demanda de importações provenientes da China segue em alta:
Numa medida desesperada, visando interromper a escalada da inflação na Argentina, o Presidente Peronista Alberto Fernández decidiu suspender a exportação de carnes por trinta dias em seu país, promovendo revolta e protestos dos agropecuaristas, dado ao fato de existir forte retração do consumo interno, devido ao fechamento do comércio durante a pandemia, que culminou no aumento no número de desempregados, assim como elevação da taxa de pobreza no país, gerando aumento da necessidade das exportações para a manutenção da viabilidade financeira de seus negócios.
Pecuarias afirmam que tal medida inoportuna do Governo Argentino levará a novos prejuízos em toda cadeia produtiva argentina, com consequente desinvestimento, levando a perda de postos de trabalho. Devido a esta situação, decidiram paralisar suas atividades por nove dias, como forma de protesto contra as medidas mal fadadas adotadas pelo Governo da Argentina.
Com a notícia de paralisação da produção, houve imediata reação do mercado local argentino, com registro de aumento nos preços de proteína animal nas principais cidades da Argentina.
Brasil deve sair beneficiado, afirma especialista
Na visão de Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, os frigoríficos brasileiros deverão ser beneficiados pela medida populista adotada pelo Governo Argentino, uma vez que a demanda de importações provenientes da China segue em alta:
"Na tentativa de conter a inflação, o governo argentino anunciou ontem restrição às exportações de carne bovina por 30 dias, passível de prorrogação. A fim de protestar, representantes do agronegócio argentino anunciaram paralisação das atividades por nove dias. Por um lado, como efeito positivo, a interrupção da exportação argentina poderá elevar os volumes exportados pelos frigoríficos brasileiros, uma vez que a demanda chinesa permanece robusta e o Brasil é um substituto natural da lacuna deixada pelo mercado argentino. No entanto, o choque de oferta resultante da suspensão das exportações argentinas poderá seguir sustentando a arroba bovina em patamares elevados, colocando pressão nas margens dos frigoríficos brasileiros, que já se encontram em níveis baixos. Com relação aos impactos diretos em empresas listadas no Brasil, a principal afetada pela restrição argentina deverá ser a Minerva (BEEF), uma vez que é a empresa de maior exposição ao mercado argentino. Em menor escala, a Marfrig (MRFG) também poderá ser afetada negativamente. A JBS é a empresa cujo impacto será menor." - afirmou o economista.
Matéria: Dimithri Vargas
Imagem: Serhii Bobyk (Freepik)
Matéria: Dimithri Vargas
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