Indústria de calçados estará mais dependente do mercado interno neste ano
A projeção é de crescimento mínimo de 1,6% nas vendas internas e queda nas exportações de até 9,1%.
A Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) realizou, hoje pela manhã (26), a reunião do Grupo de Inteligência de Mercado, que reúne empresários do setor. A apresentação de dados e projeções foi ministrada pelo doutor em Economia e consultor setorial Marcos Lélis e ocorreu no formato híbrido, na sede da entidade, em Novo Hamburgo/RS, e no formato on-line.
Conforme o especialista, a tendência é de que o setor calçadista siga mais dependente do mercado doméstico do que do internacional. Além de ajustes no mercado internacional, com a volta da China e o câmbio mais desvalorizado, o que deve fazer com que caiam as exportações, o mercado doméstico brasileiro vem em crescimento. “A previsão de crescimento do PIB, que era de 0,5% no início do ano, está em 2,4%, impulsionado pelo desempenho da agropecuária”, comenta. Segundo ele, a demanda interna só não cresce em ritmo mais acelerado em função dos juros ainda elevados. “A taxa SELIC deveria ter começado a cair em fevereiro, pois não temos inflação de demanda. Com a tendência de queda dos juros a partir de agosto, como sinalizado pelo Banco Central, devemos melhorar a demanda mais para o final do ano”, diz.
Lélis destaca também o nível de emprego, o que tem auxiliado na recuperação. Com uma taxa de desemprego na casa de 8%, ante quase os 13% registrados em 2020, os prognósticos são de melhora na dinâmica interna, apesar do ainda elevado índice de informalidade, que puxa a massa salarial para baixo. “Também convivemos com um elevado índice de inadimplência, com 71 milhões de pessoas (43,8% da população brasileira), das quais 53% estão com dívidas no cartão de crédito, sendo dessas 65% das dívidas em super mercado”, comenta o economista, destacando que o fato vem segurando a demanda por calçados e produtos não essenciais.
Calçados
Com incremento na produção de 2,3% em maio, a indústria de calçados deve encerrar o ano com crescimento entre 2,1% e 1,6%, segundo projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). No início do ano, a projeção era de crescimento de 1,5%. O motor deve ser o mercado doméstico, já que no cenário internacional é projetada uma queda entre 6,7% e 9,1% nas exportações.
Matéria: DCR
Imagem: Divulgação
A Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) realizou, hoje pela manhã (26), a reunião do Grupo de Inteligência de Mercado, que reúne empresários do setor. A apresentação de dados e projeções foi ministrada pelo doutor em Economia e consultor setorial Marcos Lélis e ocorreu no formato híbrido, na sede da entidade, em Novo Hamburgo/RS, e no formato on-line.
Conforme o especialista, a tendência é de que o setor calçadista siga mais dependente do mercado doméstico do que do internacional. Além de ajustes no mercado internacional, com a volta da China e o câmbio mais desvalorizado, o que deve fazer com que caiam as exportações, o mercado doméstico brasileiro vem em crescimento. “A previsão de crescimento do PIB, que era de 0,5% no início do ano, está em 2,4%, impulsionado pelo desempenho da agropecuária”, comenta. Segundo ele, a demanda interna só não cresce em ritmo mais acelerado em função dos juros ainda elevados. “A taxa SELIC deveria ter começado a cair em fevereiro, pois não temos inflação de demanda. Com a tendência de queda dos juros a partir de agosto, como sinalizado pelo Banco Central, devemos melhorar a demanda mais para o final do ano”, diz.
Lélis destaca também o nível de emprego, o que tem auxiliado na recuperação. Com uma taxa de desemprego na casa de 8%, ante quase os 13% registrados em 2020, os prognósticos são de melhora na dinâmica interna, apesar do ainda elevado índice de informalidade, que puxa a massa salarial para baixo. “Também convivemos com um elevado índice de inadimplência, com 71 milhões de pessoas (43,8% da população brasileira), das quais 53% estão com dívidas no cartão de crédito, sendo dessas 65% das dívidas em super mercado”, comenta o economista, destacando que o fato vem segurando a demanda por calçados e produtos não essenciais.
Calçados
Com incremento na produção de 2,3% em maio, a indústria de calçados deve encerrar o ano com crescimento entre 2,1% e 1,6%, segundo projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). No início do ano, a projeção era de crescimento de 1,5%. O motor deve ser o mercado doméstico, já que no cenário internacional é projetada uma queda entre 6,7% e 9,1% nas exportações.
Matéria: DCR
Imagem: Divulgação