Déficit primário do Governo Federal acumula R$ 234,3 bilhões em 2023
Aumento desenfreado dos gastos públicos, somados a crise econômica não debelada e ampliada pelo recente aumento de impostos, geraram o resultado negativo.
O Brasil registrou um déficit primário de R$ 234,3 bilhões no acumulado de 2023, revertendo o superávit de R$ 59,7 bilhões obtido em 2022. A receita total teve uma queda real de 2,9% ante 2022, equivalente a R$ 72,3 bilhões, fortemente impactada pela queda na arrecadação das receitas não administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), como os royalties do petróleo e gás natural.
As receitas administradas pela RFB, que incluem os impostos federais, tiveram uma alta real de 1,9%, totalizando R$ 1,9 trilhão. Já as receitas não administradas pela RFB, que incluem os royalties do petróleo e gás natural, as receitas previdenciárias e as receitas da dívida pública, tiveram uma queda real de 10,1%, totalizando R$ 1,2 trilhão.
De acordo com o Portal da Transparência, a arrecadação total brasileira em 2023 foi de R$ 4,30 trilhões (aumento de 2,14% ante o total de R$ 4,21 trilhões arrecadados em 2022), sendo R$ 2.343.493.249.776,10 em receitas correntes e R$ 1.939.966.776.997,72 em receitas de capital.
As despesas primárias do Governo Federal também aumentaram em 2023, totalizando R$ 2,134 trilhões, um crescimento real de 3,3%. O principal impacto no aumento das despesas foi a elevação dos gastos com pessoal, que cresceram 7,2%, totalizando R$ 742,5 bilhões.
Com o resultado do ano passado, o Brasil acumula um déficit primário de R$ 3,3 trilhões nos últimos 10 anos.
Entenda como o déficit primário ocorreu e como afeta a vida dos brasileiros
O déficit primário do Governo Federal em 2023 é um resultado negativo para a economia brasileira. Ele indica que o governo está gastando mais do que arrecada, o que pode levar a um aumento da dívida pública e a uma queda da confiança dos investidores.
O evidente descontrole nos gastos do Governo Brasileiro, não compensados pelos aumentos de impostos recentemente aplicados, sem a geração de benefícios para a população é o principal fator que explica o rombo nas contas públicas.
A queda na arrecadação das receitas não administradas pela RFB é um dos fatores que explicam o resultado negativo do Governo Federal em 2023. Essa queda foi causada pela redução dos preços do petróleo e gás natural no mercado internacional, o que impactou os royalties recebidos pela União.
A elevação dos gastos com pessoal também é um fator preocupante. O Governo Federal tem um dos maiores quadros de funcionários públicos do mundo, e os gastos com pessoal representam uma parcela crescente do orçamento público.
Para reverter o déficit primário e reduzir a dívida pública, o Governo Federal precisa adotar medidas para reduzir os gastos governamentais e fomentar a melhoria dos índices de produção, comercialização e serviços, o que gera consequente aumento na arrecadação fiscal.
Matéria: Dimithri Vargas
Imagem: Agência Brasil
O Brasil registrou um déficit primário de R$ 234,3 bilhões no acumulado de 2023, revertendo o superávit de R$ 59,7 bilhões obtido em 2022. A receita total teve uma queda real de 2,9% ante 2022, equivalente a R$ 72,3 bilhões, fortemente impactada pela queda na arrecadação das receitas não administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), como os royalties do petróleo e gás natural.
As receitas administradas pela RFB, que incluem os impostos federais, tiveram uma alta real de 1,9%, totalizando R$ 1,9 trilhão. Já as receitas não administradas pela RFB, que incluem os royalties do petróleo e gás natural, as receitas previdenciárias e as receitas da dívida pública, tiveram uma queda real de 10,1%, totalizando R$ 1,2 trilhão.
De acordo com o Portal da Transparência, a arrecadação total brasileira em 2023 foi de R$ 4,30 trilhões (aumento de 2,14% ante o total de R$ 4,21 trilhões arrecadados em 2022), sendo R$ 2.343.493.249.776,10 em receitas correntes e R$ 1.939.966.776.997,72 em receitas de capital.
As despesas primárias do Governo Federal também aumentaram em 2023, totalizando R$ 2,134 trilhões, um crescimento real de 3,3%. O principal impacto no aumento das despesas foi a elevação dos gastos com pessoal, que cresceram 7,2%, totalizando R$ 742,5 bilhões.
Com o resultado do ano passado, o Brasil acumula um déficit primário de R$ 3,3 trilhões nos últimos 10 anos.
Entenda como o déficit primário ocorreu e como afeta a vida dos brasileiros
O déficit primário do Governo Federal em 2023 é um resultado negativo para a economia brasileira. Ele indica que o governo está gastando mais do que arrecada, o que pode levar a um aumento da dívida pública e a uma queda da confiança dos investidores.
O evidente descontrole nos gastos do Governo Brasileiro, não compensados pelos aumentos de impostos recentemente aplicados, sem a geração de benefícios para a população é o principal fator que explica o rombo nas contas públicas.
A queda na arrecadação das receitas não administradas pela RFB é um dos fatores que explicam o resultado negativo do Governo Federal em 2023. Essa queda foi causada pela redução dos preços do petróleo e gás natural no mercado internacional, o que impactou os royalties recebidos pela União.
A elevação dos gastos com pessoal também é um fator preocupante. O Governo Federal tem um dos maiores quadros de funcionários públicos do mundo, e os gastos com pessoal representam uma parcela crescente do orçamento público.
Para reverter o déficit primário e reduzir a dívida pública, o Governo Federal precisa adotar medidas para reduzir os gastos governamentais e fomentar a melhoria dos índices de produção, comercialização e serviços, o que gera consequente aumento na arrecadação fiscal.
Matéria: Dimithri Vargas
Imagem: Agência Brasil
Dados: Ministério da Fazenda e Portal da Transparência